Sindquimbru comemora recuperação judicial da Guaricanga

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas de Bauru e Região (Sindquimbru) comemora a aprovação do plano de recuperação judicial da Usina Guaricanga, localizada em Presidente Alves. A assembleia dos credores, realizada hoje à tarde (17/10/2017) em Pirajuí, aprovou por maioria absoluta o plano de recuperação apresentado, que propõe voltar a moer cana a partir de 2018. Edson Dias Bicalho, presidente do Sindquimbru, representando cerca de 300 trabalhadores que têm verbas rescisórias a receber da usina, votou a favor do plano e, em sua exposição, pediu aos demais credores que também aprovassem a proposta. E ainda propôs intermediar contatos com fornecedores de cana, para que a usina tenha matéria prima para moer em 2018, assim como com um investidor do Canadá interessado em aplicar na produção de açúcar no Brasil.

Agora, o próximo passo é a homologação, por parte do Judiciário, do resultado da assembleia que aprovou o plano de recuperação judicial. “Pedi a aprovação do plano de recuperação judicial porque é a melhor alternativa para os ex-funcionários da Guaricanga que têm verba rescisória para receber, para os demais credores e para a economia da região como um todo. Se fosse decretada a falência da usina, ninguém receberia nada. O Brasil vive um momento de alto desemprego. São cerca de 13 milhões de desempregado. A aprovação do plano de recuperação judicial, juntamente com investimentos, permitirá que a usina volte a moer e, consequentemente, a empregar. Serão cerca de mil empregos diretos, além dos indiretos. E temos, ainda, a renda que uma empresa do porte de uma usina gera na região”, explica Bicalho, que também é secretário da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas dos Estado de São Paulo (Fequimfar).

O sindicalista lembrou, em sua exposição durante a assembleia dos credores, das dificuldades de empresas do setor sucroalcooleiro na região. “A crise da Destilaria Grizzo e da Tonon Bionergia está sendo um desastre do ponto de vista da geração de emprego e renda. E agora a Usina Renuca, em Lins, também está em processo de recuperação judicial correndo o risco de parar de moer, com fornecedores em atraso”, enumerou. Assim que a Justiça homologar o plano de recuperação judicial, será iniciado o pagamento dos credores trabalhistas com os recursos que a Usina Guaricanga dispõe e que estão depositados em juízo. Pelo plano aprovado na assembleia, todos os trabalhadores com créditos junto à Guaricanga vão receber até 2018. Destes, cerca de 300 são ligados ao Sindquimbru e vão receber suas verbas rescisórias, um total de cerca de R$ 3 milhões, ainda neste ano.

Para ajudar a Guaricanga a voltar a moer em 2018, Bicalho adiantou que está à disposição para intermediar contatos entre fornecedores de cana, com quem já até teve conversas prévias com este objetivo. E também se dispôs a colocar a diretoria da usina em contato com um empresário do Canadá que quer investir na produção de açúcar no Brasil, que ele conheceu em eventos que participa por conta de sua atividade como secretário-geral da Fequimfar e integrante do Comitê Executivo da IndustriALL, uma entidade que representa cerca de 50 milhões de trabalhadores do setor têxtil em todo mundo. “Nosso objetivo, como líder sindical, é atuar sempre de maneira a manter e a gerar emprego e renda. Nossa expectativa é que a Guaricanga, que teve a última safra em 2010, volte a moer já em 2018, mesmo que menos que sua capacidade. E que em 2019 esteja em sua plena capacidade de produção, o que permitirá pagar os demais credores, conforme o aprovado no plano de recuperação judicial”, completa Bicalho.

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