Após 25 anos, matrículas caem no ensino superior

FONTE: Valor Econômico

O número de matrículas no ensino superior privado caiu 0,1% entre 2015 e 2016, primeiro recuo do indicador em 25 anos. O total de matrículas passou de 6,076 milhões, em 2015, para 6,068 milhões no ano passado, segundo dados divulgados pelo Ministério da Educação (MEC).

A redução no número de alunos beneficiados pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é uma das explicações para a diminuição de matrículas. A queda foi de 7,95% no período -de 1,332 milhão de alunos para 1,226 milhão, segundo o Censo da Educação Superior 2016 do Instituto Nacional de Ensino e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

A secretária-executiva do MEC, Maria Helena de Castro, apontou que a “grande desaceleração do Fies foi em 2015. Em 2014, ele explode, é ano eleitoral. Em 2015, e cai novamente”. Segundo ela, foi esse movimento que levou à queda das matrículas em 2016.

O ministro da Educação, Mendonça Filho, disse esperar uma reversão desse movimento com a mudança nas regras do Fies, que devem entrar em vigor no ano que vem. “O novo Fies vai possibilitar uma curva crescente no ensino superior”, disse.

“O Fies foi um instrumento relevante do ponto de vista do acesso à educação superior no Brasil, mas, como estava desenhado, era um programa insustentável. A partir do diagnóstico do Ministério da Fazenda e do Planejamento, projetamos um rombo potencial de R$ 32 bilhões”, afirmou Mendonça Filho.

O ministro destacou também a ampliação do ensino a distância no Brasil. Em 2006, essa modalidade representava 4,2% do número de matrículas em cursos de graduação. No ano passado, o ensino a distância atingiu 18,6% do total de matrículas, com 1,494 milhão de alunos.

O Censo da Educação Superior também revelou dados preocupantes em relação à desistência e formação de professores. O levantamento apontou que a desistência nos cursos de formação de professores pode chegar a 57,2%. Nesse caso, os últimos dados são de 2014.

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