Campanha salarial dos trabalhadores da alimentação
Fonte: Assessoria de imprensa da Fetiasp
Dirigentes sindicais negociam Convenção Coletiva das categorias com data-base em maio
A Fetiasp – Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação do Estado de S.Paulo – negocia com os empregadores, neste mês, a pauta de reivindicações já entregue às bancadas patronais dos diversos setores que compõem a indústria da alimentação. Os setores são: doces e sucos, bebidas, rações, frio (embutidos), carne (abate) e usinas de açúcar.
“Estabelecemos uma Secretaria para cada segmento, que tem a função de levantar todos os dados necessários, organizar as mobilizações e definir as estratégias de negociação”, explica Antonio Vítor, presidente da Federação.
“Os principais itens da negociação são a inflação do período, que foi de 1,69%, índice igual de aumento real, reajuste nos pisos e na cesta básica, PLR (Participação nos Lucros ou Resultados) e manutenção dos direitos já conquistados”, diz Wilson Vidoto Manzón, secretário-geral da Fetiasp e coordenador da negociação de doces e sucos.
Segundo Neuza Barbosa de Lima, vice-presidente da Fetiasp e coordenadora da negociação do setor de doces e sucos, a organização faz toda a diferença para mobilizar os trabalhadores nos períodos de campanha salarial. “Realizamos assembleias nas portas das fábricas. A partir desta mobilização, negociamos com os empregadores”, declara Neuza.
Antonio Gonçalves Filho, coordenador da negociação de usinas de açúcar, disse ser difícil negociar neste momento com inflação baixa. “Os trabalhadores não entendem o que está acontecendo porque os institutos divulgam inflação baixa. Eles vão ao supermercado e à farmácia e pagam preços altos. O resultado é aperto financeiro todos os meses”.
Emílio Contessoto, coordenador da negociação de rações, destaca que “além do aumento real, os trabalhadores querem manter os direitos conquistados”. Carlucio da Rocha, coordenador do setor de carnes e frio avalia que as negociações serão difíceis, “mas sabemos aonde queremos chegar e a mobilização dos trabalhadores é importantíssima”, diz.