Com a reintegração dos demitidos, é encerrada a greve na GM São Caetano

Assembleia na GM de São Caetano, 8/11/23. Foto: Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul.
Em assembleia realizada na manhã desta quarta (08), trabalhadores da General Motors/São Caetano do Sul aprovaram proposta negociada pelo Sindicato que colocou fim à greve iniciada dia 23/10/23.
Segundo Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul:
“A ação dos trabalhadores foi vitoriosa, pois tratou-se uma greve histórica que objetivou reintegrar 300 empregados demitidos pela empresa. Ainda que tenha havido decisão de reintegração pela justiça do Trabalho a luta organizada  dos trabalhadores foi nesse caso decisiva”.
Condições dos Sindicato para o fim da greve
Inicialmente o movimento não tinha relação com a reivindicação salarial. Porém, pelo acordo firmado entre as partes, e que envolveu também os sindicatos de metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e São José dos Campos, a greve foi encerrada com retorno ao trabalho em 08/11, mediante as seguintes condições:
  • Os demitidos serão reintegrados, cabendo à empresa adotar medidas visando ajustar o retorno desses empregados que ficarão de licença remunerada até o encerramento do processo negocial em curso;
  • Pagamento dos dias parados em 10/11, sexta-feira, referente aos sete (07) dias de outubro, em forma de adiantamento eventual, sendo que os demais dias de novembro terão seu pagamento efetuado na folha de pagamento de dezembro;
  • Ainda em relação à compensação dos dias parados estes em principio serão objeto de negociação dado que a greve está ainda para ser julgada pela justiça do Trabalho;
  • A estabilidade no emprego na unidade da empresa em São Caetano do Sul está dependendo de julgamento pela justiça em relação ao lay-off, que são demandas especificas dos trabalhadores de São José dos Campos e Mogi das Cruzes;
Negociações serão estabelecidas para a instituição de um programa de demissão voluntária (PDV) aberto a todos empregados da empresa que assim o desejarem.
Para o Cidão, a vitória histórica foi resultado da União dos trabalhadores “Não há dúvida que foi um ato heroico dos  trabalhadores, após 16 dias de greve frente a uma ação arbitrária e unilateral por parte da empresa”, afirmou o sindicalista.

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