Eletricitários lutam contra privatizações no setor elétrico

Fonte: Assessoria de imprensa da Força Sindical

Presidente do Sindicato de São Paulo cobrou o presidente Temer no dia 12

Dirigentes sindicais e empresários entregaram ao presidente Temer, no Palácio do Planalto, um documento com propostas para a retomada da economia e a geração de emprego. Vários sindicalistas reivindicaram medidas específicas para suas categorias. O presidente do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo e da Fenatema (Federação Nacional dos Trabalhadores em Água, Energia e Meio Ambiente), Eduardo Annunciato, Chicão, que é contra a privatização da Eletrobras, fala sobre o assunto.

Força Sindical – O senhor participou da reunião com o presidente Temer?
Eduardo Annunciato, Chicão – Sim. Não mudei em nada minhas convicções. Entendo que, para preservar a República, todo assunto público de interesse coletivo deve ser tratado entre as várias instituições da Federação. Devemos cobrar melhoras na atuação do cargo, no caso a Presidência da República. As Centrais Sindicais, assim como as Confederações, as Federações e os Sindicatos, tanto laborais quanto patronais, devem cumprir seus objetivos institucionais, seus papéis como atores públicos, sempre cobrando avanços, melhoras e até mudanças no que afligem seus representados. O que posso afirmar é que foi feito com maestria este papel. A verdade é que foram deixados claros, durante o evento, os pontos divergentes existentes, mas foram dadas sugestões e encaminhada uma proposta referente ao que nos une : empregabilidade à classe trabalhadora e crescimento com desenvolvimento econômico.

Força Sindical – O governo anunciou recentemente a privatização da Eletrobras. Qual é a sua posição sobre esta venda?
Chicão – Eu cobrei o presidente da República sobre as privatizações em curso e apontei nosso total descontentamento e crítica ao processo. Ele deu uma guinada no assunto e achou uma saída do tipo “Leão da Montanha”, sugerindo então que procurássemos o ministro de Minas de Energia para colocar nossas preocupações.

Força sindical – E o senhor vai procurar o ministro?
Chicão – Vamos sim. Temos de lutar para conseguir o que queremos. Desde 1995, o modelo elétrico sofre mudanças no Brasil. A soberania nacional é posta em xeque. Vários países do mundo não deixam a água e a energia elétrica na mão dos outros. Por exemplo, a França com a EDF, o Canadá com suas estatais em Quebec e British Columbia. Os Estados Unidos contam com mais de duas mil empresas municipais de distribuição de eletricidade e com as modelares Tennessee Valley Authority e Bonneville Power Administration.

Força Sindical – Na sua opinião, este setor deve ser estatal, ficar a cargo do governo?
Chicão – O governo regula o setor e consegue equilibrar o preço da energia porque não tem aquela gana por grandes lucros. Por exemplo, na área da geração de energia, as empresas privatizadas vendem energia a preços mais altos se comparada àquela produzida pela estatal.

Força Sindical – Pode dar detalhes do que aconteceu com empresas privatizadas no seu setor?
Chicão – Houve demissões em massa e terceirização com salários mais baixos. Mas é importante lembrar que essa economia com os salários não foi repassada ao consumidor. Os recursos ficam para as empresas que mandam às suas matrizes no exterior.

Força Sindical – Como está a privatização da Eletrobras?
Chicão – O governo anunciou e está preparando o processo de privatização e pressionando os trabalhadores a entrar no PDV (Plano de Demissão Voluntária). Além de pressionar o governo, vamos manter as mobilizações e a pressão nas ruas. Terá muita luta até que se reverta este “Estado de Exceção” que vivemos em nossa Nação, tão rica e tão bela, porém tão mal cuidada.

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