Em Cubatão, greve dos terceirizados aguarda audiência no TRT
FONTE: Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial (Sintracomos)
Esta segunda-feira (5) marca o sexto dia da greve dos 6 mil trabalhadores de 50 empreiteiras que operam no polo industrial de Cubatão, Santos, Guarujá e outras cidades da região metropolitana.
Na sexta-feira (2), as empresas solicitaram dissídio coletivo ao TRT (tribunal regional da justiça do trabalho). A audiência de instrução e conciliação deverá ocorrer nos próximos dias.
Iniciada na manhã de quarta-feira (31), a paralisação prosseguiu na quinta (1º), com assembleia, às 8 horas, no portão 20 da refinaria RPBC. Nesta segunda, no mesmo local e horário, haverá nova assembleia
Os trabalhadores rejeitaram proposta conciliatória da justiça trabalhista, feita em audiência de instrução e conciliação na tarde de terça-feira (30), em São Paulo.
Total adesão
A proposta previa 4,6% de reajuste salarial na data-base de maio, mais 1,4% em setembro. E 7% de correção nos benefícios em maio. As empresas ofereciam apenas 4,6.
A categoria reivindica também participação nos lucros ou resultados (plr) correspondente a um salário integral, vale-alimentação de R$ 1.200 e um dependente no plano de saúde.
Segundo o presidente do sindicato dos trabalhadores na construção civil, montagem e manutenção industrial (Sintracomos), Ramilson Elói, a adesão à greve é total.
Na lei de greve
Na terça-feira da semana retrasada (23), a assembleia já havia rejeitado a proposta de 4,6% de reajuste nos salários e benefícios. E propôs 15%.
Em reunião no sindicato, no dia seguinte (24), os representantes patronais mantiveram os 4,6%. Na manhã do dia 26, sexta-feira, eles receberam a notificação com base na lei de greve (7783-1989).
Os operários terceirizados, segundo Ramilson, prestam serviços de manutenção de equipamentos na refinaria Presidente Bernardes (RPBC) e outras empresas da região.