Estivadores e portuários de todo o Brasil farão assembleias para se filiar à nova entidade
Fonte: Assessoria de Imprensa do Sindaport
Com o auditório do Sindaport totalmente lotado, na manhã desta quinta-feira (8), foi aprovado o protocolo de intenções da Federação dos Estivadores e Portuários do Brasil (FEPB).
Participaram do evento os principais sindicatos de Santos e de outros portos, entre eles Paranaguá (PR), Belém (PA), Imbituba (SC) e Candeias (BA), além das centrais Força Sindical, CUT e CGTB.
A entidade se contrapõe às federações nacionais dos estivadores (FNE), dos portuários (FNP) e dos conferentes, consertadores, vigias, trabalhadores de bloco, arrumadores e amarradores (Fenccovib).
Nei
Ao abrir a assembleia, o presidente do sindicato dos estivadores de Santos, Rodnei Oliveira da Silva ‘Nei’, criticou as diretorias das federações por não unificarem as categorias.
O sindicalista explicou que a direção da FEPB será em forma de rodízio e que cada categoria terá sua secretaria, fomentando a participação dos trabalhadores de base.
Cirino
O presidente do sindicato dos empregados na administração portuária (Sindaport), Everandy Cirino dos Santos, defendeu que a nova entidade tenha designação diferente.
Para ele, deve se chamar federação nacional dos estivadores, trabalhadores em capatazia e portuários. “Seja como for, ela é possível e se se tornará uma realidade”.
Miro
O presidente do sindicato dos operários portuários (Sintraport), Claudiomiro Machado ‘Miro’, reclamou que a FNP “trata sua categoria como se não existisse”.
“Nosso sindicato é o maior da base da federação e não aceita mais ser tratado com descaso. Ontem, houve uma reunião no Ministério dos Transportes, mas sequer fomos avisados”.
Guilherme
O presidente do sindicato dos operadores de guindastes e empilhadeiras (Sindogeesp), Guilherme do Amaral Távora, ponderou que “esse movimento tinha que ser lançado em Santos”.
“Temos sofrido muito pelas tentativas de Brasília enfraquecer o porto de Santos e os portuários. Nossa unificação não interessa a eles, mas acontecerá”.
Wilson
O presidente do sindicato dos trabalhadores de bloco, Wilson Roberto de Lima, disse que a nova federação “traz a esperança dos portuários terem voz em nível nacional”.
Fenop
Ao encerrar a assembleia, o presidente dos estivadores disse que “a gota d’água para articulação da FEPB foi o fato das três federações negociaram a extinção de direitos e até de categorias portuárias”.
Segundo ele, a FNE, FNP e Fenccovib “passaram a negociar o retrocesso com a federação nacional dos operadores portuários (Fenop, empresarial). Isso não era nem para negociar”.