Para dirigente Frentista, Ministério do Trabalho será mais sucateado ainda
Fonte: Agência Sindical
Luiz Arraes preside a Federação dos Frentistas no Estado de São Paulo e dirige a secretaria de negociação coletiva da Federação Nacional (Fenepospetro).
Ele conta: “O Ministério do Trabalho está sucateado de Norte a Sul”. E alerta: “Com essa ministra aí, sem compromisso com os trabalhadores, a Pasta será sucateada ainda mais”.
Dirigente de uma categoria onde, segundo ele, “30% trabalham sem registro em Carteira”, Arraes reclama da falta de vontade política na direção do Ministério e também da precariedade de funcionários. “A gente pede fiscalização e não há fiscais. Pede mesa-redonda com empresa e faltam pessoas no Ministério pra essa tarefa. Mas isso não vem de hoje”, critica.
Para o sindicalista, o Ministério requer direção qualificada. Arraes entende que uma titular com o perfil da deputada petebista Cristiane Brasil “vai passar ao patronato a ideia que o ministério será omisso, que não haverá fiscalização e multas”. Basta ver, ele recorda, “as declarações do pai da moça à imprensa contra a própria Justiça do Trabalho.”
O Ministério do Trabalho, por tradição, edita Portarias e normas relativas às condições de trabalho. Luiz Arraes questiona: “Depois daquela Portaria liberando o trabalho escravo, imagino que outras Portarias poderão vir!”
Pressão – Segundo Luiz Arraes, não basta reclamar.“É preciso que o sindicalismo vá pra ação, chame atos nas Superintendências, organize manifestação no Ministério do Trabalho e alerte a sociedade sobre o esvaziamento proposital de um setor do Estado tão importante para os trabalhadores”.