Sindicato celebra dia dos trabalhadores em edifícios e aponta avanços obtidos

Fonte: Agência Sindical

O dia 12 de fevereiro é dedicado a quem trabalha em edifícios e condomínios na capital paulista. A data foi instituída por lei no calendário paulistano em maio de 1996. Diversas funções se enquadram na categoria, como zelador, porteiro, entre outras. Ao todo são 300 mil profissionais, representados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Edifícios e Condomínios de São Paulo (Sindifícios), desde 5 de agosto de 1959.

O atual presidente é Paulo Roberto Ferrari. Ele conta que nesses quase 60 anos muita coisa mudou. “Hoje, é preciso que o trabalhador busque uma formação adequada. Atualmente, as portarias e os edifícios estão informatizados. Em alguns condomínios empresariais, os funcionários, principalmente aqueles que atuam nas portarias, precisam saber um segundo idioma, como o inglês”, conta Ferrari à Agência Sindical.

Campanha Salarial – A data-base da categoria é 1º de outubro e o acordo fechado no ano passado, segundo o pesidente, foi bom, mas não ideal. “Conseguimos 3% de reajuste, o que significa 1,5% de aumento real, além de garantirmos itens da nossa Convenção Coletiva, principalmente manter as homologações no Sindicato”, ressalta.

Reforma trabalhista – A nova lei trabalhista vem afetando a categoria. “Há patrões que estão fazendo as homologações na empresa, contrariando nossa Convenção. Há muitos problemas com valores errados, o que prejudica os trabalhadores. Mas o Sindicato está atento, buscando evitar perdas”, afirma.

Sindicalização – Paulo Ferrari diz que após a reforma trabalhista (Lei 13.467/2017) aumentou o afluxo de trabalhadores ao Sindicato, para a resolução de problemas. “Destaco também que o Sindifícios tem recebido muitas adesões. Os companheiros se convencem de que sem o Sindicato ficam à mercê dos patrões. Estamos aumentando nosso quadro de sócios”, ele assegura.

Terceirização – O sindicalista, no entanto, alerta para dois problemas: porteiro eletrônico, que substitui os porteiros tradicionais por uma central de monitoramento fora dos condomínios; e terceirização dos serviços. “No caso da portaria eletrônica, perdem os trabalhadores e moradores. Não há ninguém a quem se fazer uma reclamação. Muitas vezes, o problema pode ser resolvido pela ação do profissional que está na portaria”, avalia.

“Já a terceirização é mais grave. É preciso ver a idoneidade da empresa, se paga todos os encargos trabalhistas. O que muitas vezes não ocorre. Tem ainda o problema da segurança. Nosso Sindicato sempre envia uma equipe de apoio aos trabalhadores, quando ocorre assalto em condomínio. Temos visto que, de cada dez ocorrências, nove são em edifícios que usam empresas terceirizadas”, ressalta Paulo Ferrari.

Cursos – O Sindifícios oferece aos associados diversas vantagens. São cursos de aperfeiçoamento profissional em zeladoria, ascensorista, portaria, Cipa, inglês, além de convênios que garantem descontos em instituições de ensino.

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