Sindicatos de 3 regiões se unem contra venda da Embraer à Boeing
Fonte: Portal Meon
Metalúrgicos de centrais rivais se reúnem em São José para definir ações
Os sindicatos dos metalúrgicos de São José dos Campos (CSP-Conlutas), Botucatu (Força Sindical) e Araraquara (CUT) lançaram na terça-feira (16) uma campanha unificada contra a venda total ou parcial da Embraer para a Boeing. Representantes das três entidades se reúnem em São José, às 11h, para definir as diretrizes da campanha.
“Chamamos os outros sindicatos para essa ação conjunta porque eles também entendem que a venda da Embraer para a Boeing será prejudicial aos trabalhadores. Nesta reunião, vamos discutir alternativas conjuntas em defesa dos trabalhadores das três regiões”, disse Herbert Claros, vice-presidente do Sindicatos dos Metalúrgicos de São José e funcionário da Embraer.
Segundo o sindicato, as plantas de São José dos Campos, Botucatu e Gavião Peixoto (região de Araraquara) somam cerca de 16.000 trabalhadores. A reunião vai acontecer na subsede do Sindicato dos Metalúrgicos, no bairro Chácaras Reunidas.
O jornal do Sindicato de São José, distribuído na manhã de segunda-feira (15), traz na capa o slogan da campanha “A Embraer é nossa! Não à venda para a Boeing”. Na publicação, a entidade volta a defender a reestatização da Embraer, como forma de garantir a soberania nacional e os empregos.
Procurada pelo Meon, a Embraer informou que não comenta as manifestações sindicais.
Segundo a assessoria, as empresas [Embraer e Boeing] estão ainda em conversações a respeito de uma potencial combinação, cujas bases ainda estão em discussão, e que não há garantias de que estas discussões resultarão em uma transação. A empresa brasileira destacou também que qualquer transação estaria sujeita à aprovação do governo brasileiro e agências reguladoras do Brasil, bem como dos respectivos conselhos e dos acionistas da Embraer.
Na segunda-feira a fabricante brasileira voltou a reafirmar ao mercado financeiro que “não possui neste momento elementos para manifestar-se sobre a forma a ser adotada em uma eventual combinação de negócios” com a Boeing. O comunicado oficial foi uma resposta da empresa a questionamentos feitos pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários).