Sintracomos atrasará entrada de terceirizados na refinaria RPBC, em Cubatão

Fonte: Assessoria de Imprensa do Sindicato

Cerca de 1 mil operários terceirizados de montagem e manutenção industrial a serviço da Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão (RPBC Petrobrás) protestarão, a partir das 7 horas desta terça-feira (31), diante da portaria 1 da empresa.

Eles terão a entrada retardada em pelo menos uma hora, pelo sindicato dos trabalhadores na construção civil (Sintracomos), contra redução salarial em virtude de novos contratos da estatal com empreiteiras, entre elas a multinacional SGS.

Essa empresa seguiu o acordo de trabalho do Sintracomos na refinaria até 2016, quando foi substituída pela concorrente Autvale, que passou a se basear na convenção coletiva do sindicato dos metalúrgicos de Santos.

Na quinta-feira (26), a SGS voltou para a RPBC, no lugar da Autvale, e manteve a convenção coletiva dos metalúrgicos. “Outra que está com malandragem é a Normatel”, revela o presidente do Sintracomos, Macaé Marcos Braz de Oliveira.

Salários menores

Segundo ele, essa terceirizada até agora não respondeu a pergunta do Sintracomos sobre a representatividade dos trabalhadores. O contrato que a Normatel ganhou ainda é tocado pela Marte Engenharia, com representatividade dos operários pelo Sintracomos.

Macaé pondera que o piso salarial da convenção dos metalúrgicos é de R$ 1.322, com ‘plr’ (participação nos lucros ou resultados) de R$ 500. O piso do Sintracomos, porém, é de R$ 1.909. E a ‘plr’, de 1,3 salário, num acordo com outras cláusulas mais vantajosas.

A partir das 5h30, a diretoria do Sintracomos, com apoio da Força Sindical e seus grandes sindicatos, entre eles o dos metalúrgicos de São Paulo, estará na portaria principal da refinaria. E terá ativistas nos demais portões da empresa.

“Vamos atrasar a entrada de todos os companheiros das terceirizadas de montagem e manutenção industrial, reforçando a eles que seu sindicato é o Sintracomos”, explica Macaé.

O sindicalista adianta que, por enquanto, a manifestação será na refinaria da Petrobras, mas poderá se estender às demais empresas do polo industrial, como Vale Fertilizantes, Transpetro, VLI Tiplam, Carbocloro, Petrocoque, Braskem, Ultracargo e Vopak, Stolthaven.

Jurídico
O receio do presidente do Sintracomos é que as empreiteiras a serviços dessas empresas, entre elas a Montcalm, Manserv, Niplan, Marte, Quality, Comau, Ormec, Enesa, Magnesita, Pinturas Ipiranga, R Franco, Rip, JPA, Walb e Infraner queiram praticar a mesma convenção da SGS.

O jurídico do Sintracomos acionará judicialmente a Petrobras se ela continuar conivente com a redução de salários e benefícios dos operários terceirizados. “Se quer reduzir custos nos contratos com as empreiteiras, isso é uma questão que tem a ver apenas com as duas partes. Os trabalhadores não podem pagar por isso”, finaliza Macaé.

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