Sintracomos mantém direitos na Prodesan
Fonte: Assessoria de Imprensa do Sintracomos
Terminou uma das mais tensas campanhas salariais dos cerca de 1 mil empregados da empresa de economia mista Prodesan (Progresso e Desenvolvimento de Santos), controlada pela prefeitura.
Na noite de sexta-feira (13), em assembleia no auditório lotado do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil (Sintracomos), a categoria aceitou proposta da empresa para o acordo coletivo.
O reajuste salarial, retroativo à data-base de maio, será de 1,69%, aplicado também no vale-refeição e na cesta básica. O importante, porém, foi a manutenção dos direitos coletivos.
O presidente do sindicato, Macaé Marcos Braz de Oliveira, passou meses, desde fevereiro, negociando com a direção da empresa e com o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB).
“A cúpula da Prodesan queria simplesmente aniquilar direitos conquistados em anos de lutas sindicais, baseada na nova legislação trabalhista”, reclama o dirigente.
Para ele, a direção da empresa mudou de ideia quando viu as duas últimas assembleias lotarem a sede do sindicato. “Não fosse isso, teríamos perdido, no mínimo, metade do adicional de férias e do vale-refeição”.
2019 difícil
Macaé adverte aos empregados da Prodesan e de todas as empresas da base representativa do Sintracomos que “o ano de 2019 será muito difícil e exigirá um sindicato fortalecido pelos trabalhadores”.
“Neste ano de 2018, os patrões apenas ameaçaram com a revogação de direitos, mas não se sentiram seguros para aplicar plenamente a reforma trabalhista”, pondera o sindicalista.
Ele acha, porém, que no próximo ano “a situação será outra. Eles investirão na ideia e temos que estar preparados para o enfrentamento, com sindicatos fortes”.
Macaé lembra que a confederação nacional da indústria (CNI) tem feito seminários, no Brasil inteiro, incentivando as empresas a adotarem a nova lei trabalhista nas campanhas salariais.
A lei, como se sabe, permite aos patrões anularem os acordos, convenções e dissídios coletivos anteriores, começando tudo do zero, destaca o presidente do Sintracomos.
Assim, direitos como vale-refeição, plano de saúde, adicionais de férias além do previsto na legislação poderão ser revogados, “o que realmente acontecerá se os sindicatos estiverem fracos”, finaliza Macaé.