Trabalhadores cobram redução drástica dos juros
Fonte: Rádio Peão Brasil
As centrais sindicais realizaram na manhã desta terça-feira (20) protesto contra os juros altos em frente à sede do Banco Central, em São Paulo.
A mobilização aconteceu no mesmo dia em que a equipe econômica do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central começou a reunião que vai definir a nova taxa básica de juros (Selic), que hoje está em 6,75%.
Diversas lideranças sindicais de várias categorias estiveram presentes no ato, entre as quais químicos, metalúrgicos, hoteleiros, trabalhadores da construção civil, refeições coletivas e indústria de brinquedos, além de representantes da Confederação Nacional de Mulheres, da Umes (União Municipal Estudantil) e do Congresso Nacional Afro-Brasileiro.
Os pronunciamentos dos dirigentes foram unânimes ao condenar o elevado patamar da taxa básica de juros no País, determinado pelo Copom. Os sindicalistas denunciaram seus efeitos danosos para a economia, como o aumento do desemprego, recessão e o favorecimento aos rentistas e especuladores.
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna) alertou que, mesmo com as constantes reduções da taxa Selic, o Brasil ainda tem, atualmente, uma das taxas mais altas do mundo. “Juros altos inibem o consumo, prejudicam a produção e, por consequência, a geração de emprego.”
Geraldino Santos Silva destacou que o ato realizado nesta manhã representa a insatisfação de todos os trabalhadores e trabalhadoras que são penalizados com as altas taxas de juros praticadas no Brasil. “Estamos fazendo pressão para reduzir a taxa básica de juros, mas devemos estender nossa pressão aos bancos privados e públicos, que cobram juros impraticáveis dos trabalhadores.”
Já o secretário-geral da CGTB, Carlos Alberto de Oliveira Pereira, disse que os juros estão estrangulando os empregos em nosso país e é fundamental manter a pressão para evitar que mais postos de trabalho sejam fechados.
Paulo Sabóia, presidente da CGTB no Estado de São Paulo e secretário Nacional de Mobilização da CGTB, acredita que, no atual cenário econômico que vivencia o País, “é criminoso manter a taxa de juros como a maior do mundo”.
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